Psicopatologias da memória

Amnésia:

Amnésia é a perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações. Qualquer processo que prejudique a formação de uma memória a curto prazo ou a sua fixação em memória a longo prazo pode resultar em amnésia.
As amnésias podem ser classificadas em amnésia orgânica causada por distúrbios no funcionamento das células nervosas, através de alterações químicas, traumatismos ou transformações degenerativas que interferem nos processos associativos acarretando uma diminuição na capacidade de registar e reter informações, ou amnésia psicogênica resultante de factores psicológicos que inibem a recordação de certos factos ou experiências vividas. Em linhas gerais, a amnésia psicogênica actua para reprimir da consciência experiências que causam sofrimento, deixando a memória para informações neutras intacta. É o que Freud designa por recalcamento. Neste caso, pode-se afirmar que a pessoa decide inconscientemente esquecer o que a fazer sofrer ou reviver um sofrimento. Em casos severos, quando as lembranças são intoleráveis, o indivíduo pode vivenciar a perda da memória tanto de factos passados quanto da sua própria identidade.
As amnésias podem ainda ser divididas em termos cronológicos, em amnésia retrógrada e amnésia anteretrógrada. A amnésia retrógrada é a incapacidade de recordar os acontecimentos ocorridos antes do surgimento do problema, enquanto a amnésia anterógrada é à incapacidade de armazenar novas informações a longo prazo.
A depressão é a causa mais comum, porém a menos grave. Denomina-se depressão uma doença psiquiátrica, que inclui perda do ânimo e tristeza profunda superior ao mal causado pelas circunstâncias da vida.


Alzheimer:

Uma porção significativa da população acima dos 50 anos sofre de alguma forma de demência. A mais comum é a doença de Alzheimer, na qual predomina a perda gradativa da memória, pois ocorrem lesões inicialmente nas áreas cerebrais responsáveis pela memória declarativa, seguidas de outras partes do cérebro.

Parkinson:
A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central produzida pela degeneração celular da substância negra do mesencéfalo e a disfunção dos circuitos neuronais relacionados com o controle dos movimentos corporais corporais. Os sintomas mais típicos da doença são a bradicinesia (lentidão dos movimentos voluntários), acinesia (ausência de movimento), a rigidez muscular e o tremor, conquanto costumam coexistir outros sintomas tanto sensitivos como vegetativos, cognitivos, afectivos. É um transtorno próprio de pessoas de idade avançada, ainda que existam formas de início juvenil.

Sintomas:
  • Rigidez muscular;
  • Tremor que pode ser de diferentes intensidades;
  • Hipocinesia (falta de movimentos);
  • Dificuldade de andar;
  • Má estabilidade;
  • Falta de expressividade nos músculos da cara;
  • Lentidão nos movimentos;
  • Boca aberta com dificuldade de mantê-la fechada;
  • Voz de tom baixo e monótona;
  • Dificuldade para escrever, comer ou fazer movimentos finos;
  • Atrofia muscular;
  • Dor testicular;
  • Endurecimento dos pés
  • Vómito contínuo;
  • Dores abdominais.